Displasia Coxofemural
Moléstia de natureza genética mais freqüentemente encontrada na raça Bulldog Inglês
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Provavelmente é a moléstia de natureza genética mais freqüentemente encontrada na raça Bulldog Inglês, no mundo inteiro é a questão da displasia coxo-femural.
No Canil LAFFRANCHI, não usamos a desculpa que é comumente ouvida de alguns “criadores” quando questionados:
"Ooooh..., essa é uma raça com características de conformação coxo-femural diferente, e portanto os resultados de exames não significam absolutamente nada", ou ainda "meus cães não tem problema de displasia já que os mesmos correm e pulam".
Isso é pura e simples ignorância, ou simplesmente uma tentativa de enfiar a cabeça no meio da areia. Existem sim Bulldog Inglês, segundo relatos e pesquisas que mesmo quando "clinicamente" displásicos (laudo D e E) não desenvolvem nenhum problema ao longo de suas vidas. Normalmente isso está associado à uma musculatura forte, e também à resistência peculiar da raça à dor.
Até hoje nenhum criador no mundo inteiro da raça conseguiu eliminar esse problema por completo, nós do CANIL LAFFRANCHI nos esforçamos para diminuir o nível de incidência em nossos filhotes cruzando SOMENTE cães com boa conformação coxo-femural, com boa musculatura de posterior. Mas sabemos que a displasia é um problema sério na raça, e que mesmo em 5 ou 6 gerações de seleção séria só vamos conseguimos 80% de chances de não produzirmos cães sem o problemas. Testar os cães utilizados no programa reprodutivo com boa conformação coxo-femural, auxilia-nos até certo limite, mas não nos assegura que nada acontecerá.
Não é simples de se eliminar o problema, porque a displasia é poligênica, isso significa que não basta cruzar animais livre do mal para termos filhotes livres do mal. Não adianta apenas radiografar o animal antes de cruzá-lo.Infelizmente é isso. Ao contrário de atributos de natureza genética tais como cor dos olhos a displasia é poligênica. Isso significa que há vários pares de genes envolvidos no processo o que dificulta consideravelmente o trabalho de "limpeza" do pool genético do mal.
A única forma de se avaliar a qualidade das articulações coxo-femorais de um animal é por meio de exame de raio-x específico (exame de displasia) que é então avaliado por um especialista no assunto, que dará um LAUDO (laudo de displasia) que poderá ser de "A" (articulação sem nenhum sinal de displasia) até "E" (articulação com displasia grave).
No Brasil a entidade que faz o papel semelhante ao OFA (USA) é o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária (CBRV). Somente o CBRV poderá emitir o chamado 'laudo oficial' (ou por profissional qualificado por esse).
Existem também fatores ambientais associados à displasia, de uma certa forma, o agravamento das condições das articulações, uma vez que o Bulldog Inglês tenha herdado o mal geneticamente, tem forte associação a fatores ambientais e de manejo, que podem, E DEVEM, ser observados pelos proprietários. Para minimizar a influência dos fatores ambientais devem procurar:
1.Evitar que o cão seja exposto a traumas e esforços exagerados,
2. Evitar a obesidade,
3. Evitar os exercícios precoces de forma exagerada,
4. Evitar pisos lisos.
Existem pessoas tentando colocar esse assunto como uma disputa de "opiniões". O fato, contudo, é que displasia não é questão de opinião, e sim uma questão científica que tem sido investigada e estudada a dezenas de anos, explicada e explorada através do trabalho sério de centenas e centenas de cientistas, criadores e especialistas em cinofilia do mundo inteiro buscando um entendimento e formação de conhecimento sobre o assunto.
Displasia é uma questão estudada, pelo menos superficialmente, em qualquer boa escola de veterinária, já adianto que será bastante estranho e muito pouco provável que algum veterinário ou criador tenha uma opinião divergente da mostrada aqui, já que a mesma é baseada em conhecimento comum, amplamente divulgado e estudado por toda a comunidade veterinária no mundo inteiro. Caso aconteça, comece procurando saber se o veterinário ou criador em questão tem algum motivo pessoal para ter a opinião que tem. Se não for o caso, pode ser que o veterinário ou criador esteja simplesmente desatualizado, precisando de uma boa reciclagem sobre o assunto, o que é perfeitamente normal em qualquer profissão.
De qualquer forma, lembre-se que o que está escrito aqui não se trata de minha opinião, mas de ciência, e ciência é baseada em fatos, não opiniões. Na dúvida entre em contato com o CBRV (Colégio Brasileiro de Radiografia Veterinária, ou mesmo com qualquer veterinário [neutro] para tirar uma segunda, terceira ou quarta opinião sobre o assunto).
Fonte: Canil Laffranchi
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